Quais são os sintomas da endometriose?
A doença atinge milhões de brasileiras e é responsável por fortes cólicas. Saiba mais sobre a endometriose!
O que é a endometriose?
É uma doença em que o endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, se desenvolve fora da cavidade uterina. Ou seja, ele pode crescer em áreas como a bexiga, os ovários, as trompas, os retos, entre outras.
Essa mucosa, em condições normais, é expelida durante a menstruação quando não acontece a fecundação. No entanto, o organismo que possui endometriose não consegue expelir as células do endométrio. Logo, a hipótese mais aceita atualmente é a de que elas migram no sentido contrário provocando sangramento nos ovários ou na cavidade abdominal, o que causa dor. Todavia, há especialistas que associam a anormalidade a causas genéticas e deficiências no sistema imunológico.
De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, 6 milhões de brasileiras são acometidas pelo problema. Geralmente, o diagnóstico é feito entre os 25 e 35 anos.
A endometriose possui relação com a infertilidade, o que pode variar conforme a intensidade da doença.
Sintomas
Antes de mais nada, a endometriose pode ser assintomática. Porém, quando sintomática, a dor pélvica se posiciona como o sinal mais comum. A cólica menstrual resultante dessa doença pode chegar a um nível que incapacita as mulheres de realizarem suas atividades do dia a dia.
Além disso, a endometriose também apresenta os seguintes sintomas:
▪ Dor durante as relações sexuais com penetração;
▪ Dor e sangramento intestinais e urinários no período da menstruação;
▪ Infertilidade;
▪ Fadiga crônica;
▪ Diarreia concomitante ao período menstrual;
▪ Fluxo menstrual intenso ou irregular;
▪ Dor pré-menstrual.
Fatores de risco
Como mencionado acima, a endometriose pode apresentar relações genéticas. Portanto, as chances de desenvolvê-la é maior entre mulheres com histórico da doença na família (mãe ou irmã).
Ademais, há outros fatores:
▪ Menstruação com duração maior do que 7 dias;
▪ Nunca ter engravidado;
▪ Menarca precoce;
▪ Anormalidade no formato do útero;
▪ Ciclos menstruais mais recorrentes do que 28 dias.
Diagnóstico
O diagnóstico da endometriose é realizado pelo(a) ginecologista. Primeiramente, é feito um exame físico no próprio consultório.
Em seguida, o(a) especialista encaminha a paciente para exames laboratoriais e de imagem. Por exemplo, nesses casos são recorrentes os pedidos de ressonância magnética, laparoscopia, ultrassom e dosagem de marcadores.
Tratamento
O tratamento depende diretamente de questões como a gravidade da doença, idade e desejo da paciente de ter filhos. A endometriose regride voluntariamente com a aproximação da menopausa. Mas, quando a mulher não se encontra na faixa etária próxima a essa fase, os ginecologistas prescrevem outras medidas como o uso ininterrupto de pílula anticoncepcional, analgésicos, anti-inflamatórios, dienogeste, danazol, entre outros.
Em casos mais graves, o tratamento pode ser cirúrgico tanto para retirar áreas com lesões quanto para remoção dos dois ovários.
Em síntese, o tratamento com medicamentos alivia as dores de forma parcial ou completa. Entretanto, não cura a doença.
Já a histerectomia total, que consiste na retirada dos ovários cirurgicamente, possui alta probabilidade de curar a endometriose.
As cólicas menstruais não devem ser consideradas uma normalidade. Diante de qualquer sintoma da endometriose, visite um(a) ginecologista.
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